O SENHOR É POR NÓS NO DIA DA ANGÚSTIA

O SENHOR É POR NÓS NO DIA DA ANGÚSTIA
Naum 1:7 “O SENHOR é bom, ele serve de fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele.”

INTRODUÇÃO

No século VII a. C., quando foi escrito o livro do profeta Naum, as nações eram, em geral, belicosas. Era um contexto histórico de sucessivas guerras, batalhas, pilhagens e conquistas entre os reinos de então. Nesta era, havia uma expressão que era usada para momentos específicos, chamava-se: “o dia da angústia”. Este dia ocorria quando um determinado povo tomava ciência que estava para ser atacado por outrem. Os preparativos para a defesa eram, muitas vezes, acompanhados de forma literal por um sentimento de grande angústia. O texto registrado por Naum, profeticamente, trata da segurança que podemos ter somente em Cristo Jesus, diante de um tempo atual em que inúmeras batalhas espirituais se avolumam para os crentes.

DESENVOLVIMENTO

Quando um atalaia avistava a aproximação de uma tropa inimiga, seguia-se sem demora o aviso para que todos pudessem se preparar para o ataque que seria sofrido. Como a aproximação das tropas adversárias poderia demorar horas, o tempo entre o anúncio e o conflito direto era “o dia da angústia”. Muitas aldeias e povoados eram arrasados e queimados por não possuírem em seus
territórios um recurso fundamental para a garantia da defesa e da resistência: uma fortaleza.
Entre os povos que não a possuíam, o tempo entre o anúncio do ataque inimigo e a efetivação do mesmo era seguido de um pânico e pavor ainda maiores.

Para os territórios em que a fortaleza estava presente, só podiam se refugiar entre os muros aqueles que pertenciam a nação a ser atacada, ou seja, aqueles que tinham uma mesma identidade.

Dia da angústia

Assim como no tempo antigo, hoje aqueles que servem ao Senhor Jesus Cristo também constituem uma nação, cercada de um imenso número de outras nações com suas próprias convicções e identidade. As batalhas que cercam o povo do Senhor nos dias atuais são, em sua essência, espirituais, bem como a morte que através delas pode ocorrer. Contudo, quando ocorre para servo de Deus o “dia da angústia”, há um recurso, um refúgio, uma proteção intransponível: o Senhor Jesus Cristo, revelado pelo seu Santo Espírito a todo aquele que nele crê e confia a sua vida. Para nós, este “dia”, que não é propriamente um dia, mas sim um período variável, ocorre quando nos é anunciado algum problema que tem, por finalidade, abalar a nossa fé e confiança no Senhor. Por exemplo, quando sofremos ameaças como desemprego, enfermidades anunciadas, perseguições e etc…

Qualquer questão que sirva para afligir o nosso coração pode ser considerada como esse “dia da angústia”.

No tempo antigo, basicamente, só era permitida a entrada na fortaleza daqueles que eram “conhecidos” pelo rei, ou seja, que pertenciam a sua nação, com uma mesma identidade cultural. A identidade que permite que possamos nos refugiar no Senhor Jesus diante de tantos ataques é sangue vertido na cruz do calvário, o sacrifício que nos remiu e nos tornou irmãos em Cristo, essa
é a distinção, a identidade deste povo que, como diz o texto da Palavra lido em Naum, o Senhor conhece os que nele se refugiam. Não importa quão grande ou terrível seja o ataque, ou, em outras palavras, o problema que você possa estar vivendo, Jesus é maior que isso. Se você está angustiado, pode ser uma situação de ataque do adversário para abalar a sua vida espiritual e
fazê-lo cair, contudo Jesus é a nossa fortaleza, pois quando entregamos a nossa vida a ele, escolhemos nos refugiar nele. Como diz o salmo, fazendo também referência a esta mesma realidade, “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia”. (Salmo 46:1).

CONCLUSÃO

Em suma, os servos do Senhor vivem uma realidade em que as aflições e perturbações oriundas do adversário não têm qualquer efeito sobre as suas vidas. Viver com o Senhor é viver em perfeita segurança e, principalmente, é jamais experimentar o “dia da angustia”. Quando se anunciar um problema no horizonte, não precisamos temer, temos uma fortaleza, temos um Deus vivo, um garantidor: “Que diremos, pois, a esta coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31).